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domingo, 16 de janeiro de 2011

A força do ensino à distância no país



Cursos realizados virtualmente ganham espaço no Brasil, mas exigem cuidados e habilidades específicas de quem pretende estudar on-line


DEISE MACHADO DE OLIVEIRA
DIÁRIO SP


Com quase três mil cursos disponíveis, o ensino à distância (EAD) vem furando o bloqueio do preconceito das aulas ministradas on-line para tornar-se uma realidade na educação brasileira. E 2011 promete ser um ano ainda melhor para a área. O governador eleito Geraldo Alckmin já anunciou, por exemplo, que vem por aí a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Além disso, o presidente da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed), Fredric Litto, diz que o Ministério da Educação (MEC) também guarda boas novas para este ano.

Mas se é verdade que a oferta de cursos à distância (livres, graduações, pós, tecnológicos e educação de adultos e jovens) é crescente, é fato também que eles ainda seguem envoltos em dúvidas: a EAD é para todos? Quem pode cursar? O que é preciso fazer antes de se matricular? Que cuidados tomar?

Fredric Litto destaca a pró-atividade como uma característica essencial para um candidato a aluno de EAD. No mundo virtual, é necessário que o estudante tenha iniciativa e saiba se gerenciar apesar da orientação de um professor, ou nem adianta ele apostar nessa modalidade de ensino.

"Quem precisa ser elogiado ou cobrado por um educador, não serve para esse tipo de ensino", ressalta o presidente da Abed. "O aluno de EAD tem que ser decidido e pró-ativo. E deve lidar com a solidão", completa o diretor de EAD da Universidade Nove de Julho (Uninove), Marcos Wesley da Silva.

Independência nos estudos

O estudante George Hiroshi concorda. Para ele, a falta de contato com o professor é um aspecto difícil do ensino à distância. Aos 23 anos, formado em física, Hiroshi acaba de concluir uma especialização em gestão escolar pelo programa de pós-graduação da Universidade Gama Filho. "O contato com o educador é mais interessante que o relacionamento virtual", fala. Em contrapartida, ele destaca a possibilidade de o aluno administrar seu tempo como uma das qualidades de EAD.

De acordo com os especialistas, outras características necessárias para quem pretende fazer um curso on-line são disciplina, capacidade de automotivação e paciência. Maturidade, conforme a pedagoga Virgínia Torres, é fundamental para concluir os estudos, sem a cobrança de um professor.

Virgínia trabalha com EAD e terminou em 2010 uma especialização em sua área pelo Senac Distrito Federal. Agora, realiza uma graduação em filosofia. Para ela, o ensino à distância exige que o aluno "corra mais atrás, por isso, aprende mais."


A pedagoga Virgínia Torres trabalha com educação à distância e já concluiu alguns cursos nessa modalidade

Especialistas recomendam pesquisar entidade

Para não correr o risco de apostar em um curso à distância irregular são necessários alguns cuidados, como certificar-se sobre a qualidade da instituição que oferece o ensino. "Se ela tiver boa reputação em cursos presenciais, provavelmente, se sai bem oferecendo EAD", comenta Fredric Litto, presidente da Abed.

Segundo ele, hoje, a associação tem cadastradas 250 escolas nesse tipo de modalidade (virtual). E, conforme Litto, a situação em relação aos cursos on-line melhorou de dez anos para cá, mas, ainda assim, não há, por exemplo, regulamentação para as opções de ensino médio e pós-graduação. O conservadorismo do brasileiro seria, de acordo com o especialista, um dos principais motivos de ainda haver preconceito em relação à educação à distância no país.

A EAD é a saída para um maior acesso à educação: "Se o Brasil continuar com pretensão de ser uma economia global, precisará qualificar mão de obra. Para estruturar os cursos presenciais vão uns 40 anos. A EAD é a única forma de triplicar o número de brasileiros em cursos de nível superior."



Cinco ganhadores do Prêmio Nobel utilizaram essa metodologia

Frederick G. Hopkins - Prêmio Nobel de Medicina (1929)

Wole Soyinka - Prêmio Nobel de Literatura (1986)

Ronald Coase - Prêmio Nobel de Economia (1991)

Derek Walcott - Prêmio Nobel de Literatura (1992)

Nelson Mandela - Prêmio Nobel da Paz (1993)


Ensino à distância existe desde o século 19

Pelo fato de ser ministrada hoje em um ambiente virtual, a educação à distância pode parecer uma grande inovação. Mas novidade mesmo é a tecnologia. O ensino à distância existe desde o século 19. Nessa época, a Universidade de Londres ministrava cursos nessa modalidade. Mahatma Gandhi fez seu bacharelado em direito dessa forma, sem sair da Índia, via correspondência.

No Brasil predomina o aprendizado virtual, mas existem também aulas presenciais

A EAD no Brasil pode ter momentos presenciais. A maior parte do tempo, entretanto, a aprendizagem se dá virtualmente. Daí a necessidade de o aluno ter o equipamento básico exigido pelo curso, assim, ele pode participar de chats e videoconferências, por exemplo. O site da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed) - www2.abed.org.br - reúne informações para quem quer saber mais sobre o assunto, inclusive a relação de cursos,
como graduação, pós e aperfeiçoamento.

Fonte:http://www.diariosp.com.br/_conteudo/2011/01/18152-a+forca+do+ensino+a+distancia+no+pais.html

Um comentário:

  1. Não concordo quando dizem que a educação a distância é ,menos valorizada do que a presencial, pois o esforço deste aluno que opta por fazer um curso ead, é muito mais focado, pois tem que ter auto-disciplina e saber lidar com a tecnologia. optei por um curso ead atualemte em fun;cao dos horários de hoje não permitirem frequencia em uma escola tradicional, e acho muitissimo aproveitavel o material e ainda posso fazer em casa com tranquilidade. Aline Ribeiro de Oliveira ventorini

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