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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


A Relação Família/Escola

A RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA

Por Sonia das Graças Oliveira Silva

Hoje em dia há a necessidade de a escola estar em perfeita sintonia com a família. A escola é uma instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares agradáveis para a convivência de nossos filhos e alunos. A escola não deveria viver sem a família e nem a família deveria viver sem a escola. Uma depende da outra na tentativa de alcançar o maior objetivo, qual seja, o melhor futuro para o filho e educando e, automaticamente, para toda a sociedade.

Um ponto que faz a maior diferença nos resultados da educação nas escolas é a proximidade dos pais no esforço diário dos professores. Infelizmente, são poucas as escolas que podem se orgulhar de ter uma aproximação maior com os pais, ou de realizarem algumas ações neste sentido. Entretanto, estas ações concretas, visando atrair os pais para a escola, podem ser uma ótima saída para formar melhor os alunos dentro dos padrões de estudos esperados e no sentido da cidadania.

Atualmente, os pais devem estar cada vez mais atentos aos filhos, ao que eles falam, o que eles fazem, as suas atitudes e comportamentos. E, apesar de ser difícil, a escola também precisa estar atenta. Eles se comunicam conosco de várias formas: através de sua ausência, de sua rebeldia, seu afastamento, recolhimento, choro, silêncio. Outras vezes, grito, zanga por pouca coisa, fugas, notas baixas na escola, mudanças na maneira de se vestir, nos gestos e atitudes. Os pais devem perceber os filhos. Muitas vezes, através do comportamento, estão querendo dizer alguma coisa aos pais. E estes, na correria do dia-a-dia, nem prestam atenção àqueles pequenos detalhes.

Por vezes, os jovens estão tentando pedir ajuda e, mesmo achando que o filho ultimamente está “meio estranho”, muitos pais consideram isso como normal, “coisa de adolescente”, vai passar, é só uma fase. Há que se observar estes sinais. Podem dizer muito de problemas que precisam ser solucionados, como inadequação, dificuldades nas disciplinas, com os colegas, com os professores, e outras causas.

Aí entra a parceria família/escola. Uma conversa franca dos professores com os pais, em reuniões simples, organizadas, onde é permitido aos pais falarem e opinarem sobre todos os assuntos, será de grande valia na tentativa de entender melhor os filhos/alunos. A construção desta parceria deveria partir dos professores, visando, com a proximidade dos pais na escola, que a família esteja cada vez mais preparada para ajudar seus filhos. Muitas famílias sentem-se impotentes ao receberem, em suas mãos os problemas de seus filhos que lhe são passados pelos professores, não estão prontas para isso.

É necessária uma conscientização muito grande para que todos se sintam envolvidos neste processo de constantemente educar os filhos. É a sociedade inteira a responsável pela educação destes jovens, desta nova geração.

As crianças e jovens precisam sentir que pertencem a uma família. Sabe-se que a família é a base para qualquer ser, não se refere aqui somente família de sangue, mas também famílias construídas através de laços de afeto. Família, no sentido mais amplo, é um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem. É através dessas relações que as pessoas podem se tornar mais humanas, aprendendo a viver o jogo da afetividade de modo mais adequado.

Percebe-se que muito tem sido transferido da família para a escola, funções que eram das famílias: educação sexual, definição política, formação religiosa, entre outros. Com isso a escola vai abandonando seu foco, e a família perde a função. Além disso, a escola não deve ser só um lugar de aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da vida afetiva. A escola que funciona como quintal da casa poderá desempenhar o papel de parceira na formação de um indivíduo inteiro e sadio. É na escola que deve se conscientizar a respeito dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente, desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente, etc.

Na escola deve-se falar sobre amizade, sobre a importância do grupo social, sobre questões afetivas e respeito ao próximo.

Reforço aqui a necessidade de se estudar a relação família/escola, onde o educador se esmera em considerar o educando, não perdendo de vista a globalidade da pessoa, percebendo que, o jovem, quando ingressa no sistema escolar, não deixa de ser filho, irmão, amigo, etc.
A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve ser para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o educando/filho tenha uma educação com qualidade tanto em casa quanto na escola.

http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-relacao-familiaescola-477589.html

Perfil do Autor

Empresária, Graduada em Ciências/matemática, Especialista em Educação Infantil pela FACED, Faculdade de Educação da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e Especialista em Mídia e Deficiência, pela FACOM, Faculdade de Comunicação da UFJF.Possue várias publicações em sites e revistas.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Sua apresentação no primeiro dia de aula


As aulas estão começando e você já deve estar pensando em como se apresentar a seus alunos no primeiro dia de aula. Dizem que a primeira impressão é a que fica, eu tenho minhas dúvidas mas pelo sim, pelo não é melhor causar uma boa impressão do que ter que administrar uma antipatia gratuita e generalizada logo na primeira aula.

A aparência

Tudo bem que cada um tem seu estilo, mas professor não tem time, não tem música favorita e nem religião. Pelo menos não deve agitar suas preferências na cara dos alunos logo de cara para evitar mal-entendidos. Você tem todo o direito de torcer pelo time que quiser mas aparecer com a camiseta do Palmeiras no primeiro dia de aula pode agradar os seus alunos palmeirenses mas provocar insegurança nos alunos que torcem para outros times, por exemplo, eles poderão pensar que serão discriminados se não torcem para o mesmo time ou sentirem-se impelidos a fingir que também são palmeirenses ou que gostam de futebol. A idéia no primeiro dia é tentar unir o grupo e fazer com que se entrosem e aceitem sua autoridade com naturalidade e não gerar uma polêmica logo de cara.

As tatuagens são proibidas pela maioria dos estabelecimentos de ensino e de fato não ficaria nada bem você aparecer com uma suástica tatuada no braço, por exemplo. Ou uma mulher pelada. De qualquer forma piercings e tatoos só devem ser usados onde você possa esconder com a roupa. Ficando visíveis você corre o risco de seus alunos chegarem em casa dizendo que querem fazer uma tatuagem ‘igual à do meu professor’. Depois disso com certeza você será chamado à sala do diretor ou coordenador da escola. Não se esqueça de que o professor é um formador de opinião.

Roupas discretas, nada muito exagerado, o mais neutro possível, sem tendências para nenhum estilo em particular são o que de melhor você pode escolher. Se você faz mesmo questão de mostrar quem você é na vida pessoal isso é um problema seu, mas deixe então para fazê-lo aos poucos, para quando seus alunos já tiverem uma opinião formada a seu respeito e você já tiver conquistado a confiança deles.

Sua roupa deve ser sobretudo confortável, não se esqueça que salto agulha altíssimo vai atrapalhar sua mobilidade, e é aconselhável que você circule entre os alunos, não fique parado como uma estátua na frente da classe ou sentado de cabeça abaixada como um sultão.

Sua apresentação

Fale um pouco sobre você, a quanto tempo dá aulas da sua matéria, que classes já ensinou, que diplomas tem. Não se estenda muito mas é importante para mostrar a eles que podem confiar em você porque sabe do que está falando. No caso de ser sua primeira aula na vida não chame muito a atenção para este ponto, diga onde se diplomou e onde fez estágio.

Você pode encorajar os alunos a fazerem algumas perguntas sobre o que querem saber a seu respeito ou a falarem um pouco sobre eles também. Você também pode optar por passar um pequeno formulário para que preencham com algumas informações sobre eles ou ainda aplicar uma dinâmica.

Uma dinâmica

É interessante apresentar uma dinâmica na qual os alunos participem e se conheçam melhor. É também um bom recurso para aprender sobre seus alunos, esse conhecimento vai ajudar quando lidar com eles ou quando for preparar suas aulas.

Prepare bem sua aula

É importante preparar bem sua primeira aula, leve mapas, fotos, gravuras, não fique só no blá-blá-blá. Se eles gostarem da primeira aula vão ficar ansiosos pela próxima, mas se a acharem chata podem não prestar mais atenção e você não terá uma segunda chance para mostrar que sua aula pode ser interessante.

Estabeleça um vínculo

Tente chamar os alunos pelo nome, peça a eles que façam algumas coisas como apagar a lousa ou fechar a porta, encorage-os a fazerem perguntas quando tiverem dúvidas, pare a explicação de tempos em tempos para perguntar se tudo está entendido até ali.

Se achar conveniente passe uma folha em classe para que anotem seus dados, ou faça um formulário para que ‘entrevistem’ o aluno do lado.

Faça perguntas durante sua explicação para checar se entenderam, peça a um aluno que entendeu para explicar a outro colega. Acostume-os a participar da aula e a prestar atenção.

Corrigindo posturas erradas

Se tiver que chamar a atenção de um aluno no primeiro dia faça-o de forma branda e simpática. Se estiver conversando, pergunte com naturalidade: ‘você não entendeu?’ Não use sarcasmo, ironia, gritos ou castigos no primeiro dia. Tente levar em banho-maria até entender como são seus alunos e a melhor forma de lidar com eles.

Lição de casa

Pode ser dada uma lição de casa já no primeiro dia, mas nada muito complexo ou difícil, o melhor é alguma coisa onde tenham opções de criar e baseado em matéria que aprenderam no ano anterior. Você pode pedir a eles que sugiram sobre o que querem escrever, mas por escrito, se cada um for dizer o que quer vira bagunça.

É claro que erros acontecem, e o melhor é prevenir, mas se não for possível, paciência. Você tem ainda um ano inteiro para reverter a situação, mas o melhor é sempre começar com o pé direito.


Zailda Coirano

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Hiperatividade


O QUE É A HIPERATIVIDADE?

A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
O comportamento hiperativo pode estar relacionado a uma perda da visão ou audição, a um problema de comunicação, como a incapacidade de processar adequadamente os símbolos e idéias que surgem, estresse emocional, convulsões ou distúrbios do sono. Também pode estar relacionado a paralisia cerebral, intoxicação por chumbo, abuso de álcool ou drogas na gravidez, reação a certos medicamentos ou alimentos e complicações de parto, como privação de oxigênio ou traumas durante o nascimento. Esses problemas devem ser descartados como causa do comportamento antes de tratar a hiperatividade da criança.
O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança. As crianças hiperativas têm dificuldade em prestar atenção e aprender. Como são incapazes de filtrar estímulos, são facilmente distraídas. Essas crianças podem falar muito, alto demais e em momentos inoportunos. As crianças hiperativas estão sempre em movimento, sempre fazendo algo e são incapazes de ficar quietas. São impulsivas. Não param para olhar ou ouvir. Devido à sua energia, curiosidade e necessidade de explorar surpreendentes e aparentemente infinitas, são propensas a se machucar e a quebrar e danificar coisas. As crianças hiperativas toleram pouco as frustrações. Elas discutem com os pais, professores, adultos e amigos. Fazem birras e seu humor flutua rapidamente. Essas crianças também tendem a ser muito agarradas às pessoas. Precisam de muita atenção e tranqüilização. É importante para os pais perceberem que as crianças hiperativas entenderam as regras, instruções e expectativas sociais. O problema é que elas têm dificuldade em obedecê-las. Esses comportamentos são acidentais e não propositais.
Para a criança hiperativa e sua família, uma ida a um parque de diversão ou supermercado pode ser desastrosa. Há simplesmente muita coisa acontecendo - muito estímulo ao mesmo tempo. Devido à sua incapacidade de concentrar-se e ao constante bombardeamento de estímulos, a criança hiperativa pode ficar estressada.
A criança hiperativa pode ter muitos problemas. Apesar da "dificuldade de aprendizado", essa criança é geralmente muito inteligente. Sabe que determinados comportamentos não são aceitáveis. Mas, apesar do desejo de agradar e de ser educada e contida, a criança hiperativa não consegue se controlar. Pode ser frustrada, desanimada e envergonhada. Ela sabe que é inteligente, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso, a ponto de utilizar o potencial mental necessário para concluir uma tarefa.
A criança hiperativa muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.
Um especialista em comportamento infantil pode ajudá-lo a distinguir entre a criança normalmente ativa e enérgica e a criança realmente hiperativa. As crianças até mesmo as menores podem correr, brincar e agitar-se felizes durante horas sem cochilar, dormir ou demonstrar qualquer cansaço. Para garantir que a criança realmente hiperativa seja tratada adequadamente - e evitar o tratamento inadequado de uma criança normalmente ativa - é importante que seu filho receba um diagnóstico preciso.
Durante a primeira ou a segunda consulta médica, a criança hiperativa pode ser comportar de forma quieta e educada. Sabendo o que é esperado, pode se transformar em uma criança "modelo". Esteja preparado para descrever, de forma precisa e objetiva, o comportamento do seu filho em casa e nas atividades sociais. Se seu filho está encontrando dificuldade na escola, peça ao professor que converse com o médico ou envie-lhe um relatório por escrito. Pode ser preciso várias consultas antes que o comportamento hiperativo torne-se aparente. Não se preocupe. Um especialista em crianças, geralmente, pode realizar um diagnóstico preciso.
Ao tratar da criança hiperativa, sua meta é ajudá-la a fazer o melhor possível, em casa, na escola, e com os amigos. Lembre-se sempre de que seu filho está lutando com todas as forças para superar uma deficiência do sistema nervoso. Explique, se preciso for, mas não se sinta envergonhado ou culpado quando seu filho não se comportar bem.
Os pais da criança hiperativa merecem muita consideração. É preciso muita paciência - e vigor - para amar e apoiar a criança hiperativa em todos os desafios e frustrações inerentes à doença. Os pais da criança hiperativa estão sempre preocupados e atentos, sempre "em alerta". Conseqüentemente, é fácil sentirem-se cansados, abatidos e frustrados, às vezes. É de importância vital para os pais da criança hiperativa serem bons consigo mesmos, descansar quando apropriado, além de buscar e aceitar o apoio para eles e para o filho.


TRATAMENTO CONVENCIONAL

Antes de qualquer tratamento, um exame físico deve se feito para descartar outras causas para o comportamento do seu filho, tais como infecção crônica do ouvido médio, sinusite, problemas visuais ou auditivos ou outros problemas neurológicos.
O metilfenidato é o medicamento mais comumente receitado para hiperatividade. É um estimulante que tem efeito paradoxal de acalmar o sistema nervoso e aumentar a capacidade da criança hiperativa de prestar atenção. Contudo, não deixe de verificar com seu médico antes de parar de dar esse medicamento a seu filho.
A tioridazina é um tranqüilizante ao qual se pode recorrer se a criança for extremamente agressiva e, nesse caso, apenas nas situações mais difíceis.
Na maioria das circunstâncias, o medicamento para a hiperatividade pode ser interrompido durante o verão e retomado quando as aulas começarem novamente, após as férias. Essa conduta pode limitar alguns dos efeitos colaterais prolongados desses medicamentos. Após um verão sem medicamento, talvez seja útil deixar que seu filho freqüente as primeiras semanas de aula sem qualquer medicação. Considere esse período como um teste para determinar se seu filho pode passar sem o medicamento. (Converse sempre com seu médico antes de descontinuar qualquer tratamento, durante qualquer período de tempo).



DIRETRIZES ALIMENTARES

Antes de experimentar qualquer tratamento comece eliminando o açúcar refinado e os aditivos da dieta do seu filho. Leia os rótulos cuidadosamente e elimine alimentos processados que contenham corantes, flavorizantes, adoçantes e conservantes, relacionados comumente como benzoatos, nitratos e sulfitos. Os aditivos de alimentos comuns também incluem silicato de cálcio, BHT, BHA, peróxido de benzoíla. emulsificantes, espessantes, estabilizantes, gomas vegetais e amido.
Os salicilatos muitas vezes têm implicação na hiperatividade. É mais difícil eliminá-los da dieta; ocorrem naturalmente além de serem usados como aditivos. Uma série de frutas e hortaliças conhecidas contêm salicilatos, inclusive amêndoa, maçã, damasco, banana, cereja, uva, limão, melão, nectarina, laranja, pêssego, ameixa, ameixa-seca, passa, framboesa, pepino, ervilha, pimentão-verde, pimenta-malagueta, picles e tomate.
Segundo um estudo citado no periódico Pediatrics, mais de 50% das crianças hiperativas demonstraram menos problemas comportamentais e tiveram menos problemas de sono quando seguiram uma dieta restrita. A dieta ideal não continha aditivos artificiais e químicos, chocolate, glutamato monossódico, conservantes e cafeína.


SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS

Um suplemento líquido de cálcio e magnésio é calmante para o sistema nervoso. Após ter eliminado os conservantes e o açúcar da dieta do seu filho, dê-lhe esse suplemento. As crianças de cinco a sete anos devem tomar uma colher de chá, uma vez ao dia. Crianças com mais de dez anos devem tomar uma colher de sopa, uma ou duas vezes a dia. Siga esse regime durante dois meses, depois diminua a dose para cinco dias por semana durante três meses. Em seguida, pare de dar o suplemento.
A colina aparentemente melhora a memória e a atenção de algumas crianças. Se seu filho tiver quatorze anos ou mais, experimente dar-lhe 500 miligramas por dia durante um mês.
Um suplemento líquido do complexo B é muito importante para crianças hiperativas. Ajuda a relaxar o sistema nervoso estressado e melhorar o funcionamento mental e a concentração. Siga as orientações sobre dosagem indicadas na bula e dê a dose recomendada durante dois meses. Depois, diminua a dose para cinco dias por semana durante três meses. Em seguida, pare de dar o suplemento.


TRATAMENTO FITOTERÁPICO

O chá de camomila é sabidamente relaxante. Dê ao seu filho uma dose na hora de dormir, conforme necessário.
O bupleuro é uma fórmula fitoterápica chinesa que relaxa o sistema nervoso e pode ajudar a aliviar o estresse. Dê ao seu filho uma dose diária durante um mês, seguida de aveia brava durante um mês.
Observação: O bupleuro não deve ser dado a crianças com febre ou qualquer outro sinal de infecção aguda.
A escutelária é relaxante e acalma a mente. Dê ao seu filho uma dose, três vezes por semana, durante três meses.
Observação: Essa erva não deve ser dada a crianças com menos de seis anos.
A aveia brava acalma o sistema nervoso. Dê ao seu filho uma dose diária durante um mês.
Certas essências botânicas podem acalmar a criança hiperativa. Misture uma gota de óleo de alecrim, sálvia, lavanda e camomila em 1/8 de xícara de azeite de oliva e use esse óleo aromático para esfregar os pés e coluna do seu filho na hora de dormir. Os índios norte-americanos usavam, tradicionalmente, o alecrim e a sálvia para relaxar a mente.


HOMEOPATIA

É melhor consultar um homeopata para determinar um remédio constitucional para a criança hiperativa. Contudo, os remédios a seguir ajudarão a aliviar os sintomas. Independente do remédio que escolher, a menos que indicado de outra forma, tente dar ao seu filho uma dose, três vezes ao dia, durante cinco dias. Faça isso mês sim, mês não, durante seis meses.

Para a criança magra, excitada, ansiosa e sempre apressada, useArgentum nitricum 9ch. Essa criança adora doce, que afeta seu comportamento de forma adversa. Pode ser suscetível e ter conjuntivite e amigdalite. Essa criança tem medo de multidão e não gosta de ir a lugares públicos, inclusive à escola. Prefere ficar ao ar-livre.
Calcarea phosphorica 9ch é benéfico para a criança endiabrada, geralmente do sexo masculino, inquieta, tímida e medrosa, mas que adora correr riscos e fazer traquinagens. Essa criança tende a ter gases abdominais, tem um abdome levemente proeminente e poder ter amígdalas aumentadas.
Se seu filho inquieto acalma-se tão logo é chamado à atenção, dê-lheChamomilla 9ch. Esse tipo de criança pode se tornar tão hiperativa que ficará exausta e começará a chorar.
Observação: Não dê ao seu filho Chamomilla da homeopatia e chá de camomila ao mesmo tempo. Um anulará o outro. Para atingir o efeito calmante da camomila, escolha uma forma ou outra.
Kali bromatum 9ch para a criança irrequieta que está constantemente fazendo algo com as mãos - jogando bola, brincando de bola de gude, de aviãozinho. Se não tiver nenhum brinquedo na mão, essa criança estala os dedos. As mãos da criança que toma Kali bromatum nunca estão sossegadas.
Lycopodium 9ch para a criança que está mais cansada, mais inquieta e irritada entre 4:00 e 8:00 da noite. Cansada ou não, essa criança não quer sentar-se à mesa do jantar, mas quer comer. Essa criança aparenta mais idade e tem geralmente uma inteligência acima da média.
Uma dose de Medorrhinum 1M ajudará a criança irritada, agitada e apressada. Essa criança pode ter tido assadura quando bebê e, posteriormente, erupções cutâneas e asma.
Stramonium 30d é para a criança com séria hiperatividade e possível agitação violenta. Sua voz é alta e sua fala é rápida, possivelmente incoerente.


RECOMENDAÇÕES GERAIS

Elimine conservantes e açúcar da dieta do sei filho. É o mais importante e primordial a fazer pela criança hiperativa. Para melhorar ainda mais, siga todas as recomendações sob Diretrizes Alimentares.
Dê ao seu filho um suplemento líquido de cálcio e magnésio.
Dê ao seu filho a erva chinesa bupleuro.
Escolha um remédio homeopático específico para o sintoma do seu filho. Se não estiver satisfeito com os resultados, consulte um homeopata para descobrir um remédio constitucional.
Busque terapia e experimente modificação comportamental. Essas disciplinas ajudam a criança a entender o problema contra o qual está lutando, a estabelecer metas e padrões e reconhecer e avaliar seu comportamento. Podem ser de grande valia. Esses programas ensinam controles internos que podem ser usados em várias situações. Seu filho aprenderá a oferecer recompensas pelos seus feitos e aprenderá a partir dos seus erros. Coopere com seu médico ou terapeuta para desenvolver programas de modificação comportamental. É importante que o programa seja claro, facilmente entendido e facilmente executado por todos que dele participam - pela criança bem como pelos adultos. É essencial que essas intervenções sejam realizadas com cautela e boa vontade, em um ambiente calmo e carinhoso. A criança deve participar com disposição. Certifique-se de que os dois tenham entendido que esses programas objetivam ajudar e não punir.
Desenvolva uma rotina estável em casa. Para diminuir a confusão e a quantidade de estímulos diários, defina horários específicos para comer e dormir.
Experimente atribuir uma tarefa pequena e rápida e insista delicadamente para que seja concluída. Em seguida, não deixe de agradecer e elogiar seu filho quando a tarefa tiver sido concluída.
Faça com que a criança participe de projetos que ela goste para ajudá-la a concentrar-se. Aprender a concentrar-se alterará sua resposta ao mundo, gradativamente. Lembre-se sempre de que, além de ter um desequilíbrio do sistema nervoso que transforma em tortura o simples ato de permanecer sentado, a criança hiperativa e inteligente entedia-se facilmente. Coopere com seu filho para ajudá-lo a realmente concluir um projeto. Concluir um projeto oferecerá uma idéia de competência e maior auto-estima. O domínio e conclusão de uma tarefa requer elogio.
Busque terapia para você e seu cônjuge. Para ajudar a diminuir os sentimentos de frustração e isolamento, os pais da criança hiperativa precisam de informação e apoio. Busque auxílio; certamente encontrará. Você aprenderá a apoiar seu filho e a ficar calmo e próximo, mesmo quando a situação parecer fora de controle. Você também aprenderá que é importante que os pais tirem férias sem se sentirem estressados ou culpados por deixarem uma criança "difícil" com outras pessoas competentes.
Nunca é demais enfatizar a necessidade dos pais terem uma folga. Tire uma tarde, uma noite ou um fim de semana. Entre em contato com uma pessoa que possa tomar conta do seu filho. Ligue para seus pais e amigos.
Se você não fizer isso para o seu próprio bem, faça por seu filho. Provavelmente você voltará se sentindo renovado, mais calmo e carinhoso.


PREVENÇÃO

Durante a gestação, mantenha a exposição a chumbo ambiental ao mínimo possível e elimine álcool. Os dois tem sido relacionados à hiperatividade.
Não deixe que seu filho se exponha ao chumbo. As fontes mais comuns de exposição ao chumbo são tinta à base de chumbo, água potável e cerâmica mal esmaltada.


ALGUNS FATOS SOBRE A HIPERATIVIDADE

Embora muitos pais de crianças enérgicas perguntem aos médicos sobre a hiperatividade, ela não é problema comum. De acordo com um artigo publicado no British Journal of Psychiatry, apenas 3% das crianças são realmente diagnosticadas com a desordem do déficit de atenção.
A hiperatividade é dez vezes mais comum nos meninos do que nas meninas.
A causa ou causas exatas da hiperatividade são desconhecidas. A comunidade médica teoriza que a desordem pode ser resultado de fatores genéticos; desequilíbrio químico; lesão ou doença na hora do parto ou depois do parto; ou um defeito no cérebro ou sistema nervoso central, resultando no mau funcionamento do mecanismo responsável pelo controle das capacidades de atenção e filtragem de estímulos externos.
Metade das crianças hiperativas têm menos problemas comportamentais quando seguem uma dieta livre de substâncias como flavorizantes, corantes, conservantes, glutamato monossódico, cafeína, açúcar e chocolate.