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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Carinho e Disciplina. A difícil missão de educar os cidadãos do futuro





Durante uma pequena reunião com amigos em minha casa, quase que acidentalmente, descobri como é complexo o universo das crianças.
Enquanto a comida não estava pronta e a programação da televisão nao as atraía, tive que gastar meu português atencioso e os doces que
haviam em casa para distraí-las.Mesmo assim, corriam de um lado para outro gritando, brigando, brincando e, principalmente,
destruindo não só os móveis, como a casa inteira.Não julguei patológico ou exagerado em momento algum, até que percebi que essa
euforia mirim já durava mais de duas horas. Meus óculos viraram pó e meu companheiro, que tem uma espécie de íma com os
pequenos, os acaricia e considera, simplesmente puxava os cabelos desesperado, dizendo que acabara de desistir da idéia, mesmo que
longínqua de ter filhos. Parei e refleti rapidamente:se os pais, que estão aqui ao lado, não conseguem domá-los, como as professoras e coordenadoras conseguem lidar com as crianças, passando por cima do comportamento indisciplinado e, ao mesmo tempo, conquistando progressos no desenvolvimento, tanto intelectual quanto da personalidade do indivíduo?

É fato que, diversas vezes quando ligo a TV, os jornais diários retratam a realidade de educandos que não suportam a “traquinagem” infanta e simplesmente agridem verbalmente ou até fisicamente crianças e adolescentes.Me questiono então, mais uma vez, até onde vai
o papel do educador na formação do indivíduo? De que maneira os pais devem orientar os filhos para facilitar a vida em sociedade?

Todas nossas ações são observadas e muitas vezes julgadas pela comunidade em que somos inseridos.Acredito que se meu papel
profissional se referisse á cuidar e educar crianças, sem dúvida, em algum momento de minha vida extrapolaria os limites
éticos.O professor, diferente de muitos profissionais, não possui um código de ética específico, o que torna mais trabalhoso e
personalizado o processo de educação infantil.

A dona de casa Maria das Graças Neves, 43 anos, lida diariamente com as dificuldades de ter um filho de 11 anos, que rende dores de
cabeça não só para ela, como para toda a equipe pedagógica do colégio onde estuda.Os problemas começaram aos
cinco anos de idade, com agressões aos colegas, indisciplina em sala de aula, desinteresse acadêmico e desrespeito
com os professores.A criança passou por diversas escolas públicas, foi expulsa de uma e convidada a se retirar de outra.Há cerca
de três anos, os pais o matricularam em um colégio particular, depois de sessões de terapia com uma psiquiatra infantil, cortes de regalias e
desespero total dos pais.

O ingresso do aluno no novo colégio revelou grandes mudanças em seu comportamento, graças
a inteligente ligação e entrelace de pais e educadores.”Conseguimos uma melhora significativa porque nos unimos com as professoras,coodenadores e a equipe que teve dedicação, carinho e persistência. Eles foram muito éticos, respeitaram a situação e nunca o agrediram ou julgaram qualquer situação”, afima a mãe.
A pedagoga Áurea Aparecida Costa, 47 anos, é educadora há 12 anos e conta a importância de gostar de tabalhar com crianças.”Quem não gosta,
não consegue lidar. Me envolvi por acaso na profissão e acabei me apaixonando”, conta.

A pedagoga revela como a posição ética do educando, resulta na postura dos estudantes.”Muitas vezes a criança irrita, agride e nós temos de nos manter firmes, ajudando-a a se desenvolver sem passar por cima da educação que vem de casa”, observa.
No bate-papo com Áurea, pecebi que esse comportamento agressivo e muitas vezes descompromissado das crianças, não é anormal e que alunos prolemáticos existem aos montes. Cabe aos educandos conseguir contornar a ligação, de maneira
ética, respeitando o aluno e as regras internas do colégio. “O educador influencia em todos os aspectos da vida do aluno.Somos vistos
como um espelho para eles. Se não mantermos uma postura ética, os agredirmos ou ignorá-los, isso poderá acarretar problemas
catastróficos na formação da personalidade do indivíduo e prejudicar seu convívio em sociedade”, afirma.

Como dica, Áurea diz que o professor tem de ser criativo e deve trabalhar o comportamento do aluno sempre de maneira positiva.A melhor opção é sempre oferecer atividades para o aluno indisciplinado, para que ele esteja sempre ocupado e se sinta útil e solidário.”Este é um jogo de cintura que todo profissional da educação deve ter. Se não tiver, não terá domínio para trabalhar com a turma”, finaliza a pedagoga.

Concluí que trabalhada a questão ética e o respeito, mantendo o foco no desenvolvimento humano, qualquer “pestinha” pode se tornar um bom cidadão que não destrói meus móveis e proporciona uma paz momentânea aos pais e professores.


Fonte:http://indianeves.wordpress.com/2010/09/20/carinho-e-disciplina-a-dificil-missao-de-educar-os-cidadaos-do-futuro/

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