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domingo, 15 de agosto de 2010

Tangram


PROJETO DIDÁTICO TANGRAM



Tempo de duração
4 aulas
Público Alvo

3º / 4º ano


Tema: Conhecendo as formas que se transformam

Justificativa

Sabendo que o pensamento geométrico se adquire através da compreensão de relações e representações espaciais que as crianças desenvolvem através da exploração sensorial dos objetos. E que a interação entre crianças, os jogos e as brincadeiras proporcionam a exploração espacial e para coordenar as informações que percebem do espaço, as crianças precisam ter oportunidades de observá-las, descrevê-las e representá-las.
O Tangran é uma das ferramentas que auxilia no desenvolvimento da capacidade de concentração, de orientação espacial e exercita a criatividade, além de privilegiar a cooperação, pois se torna menos complexo quando a montagem das figuras é feita em grupo.


Expectativa de Aprendizagem
.Propiciar ao aluno a oportunidade de aprender a geometria de forma lúdica.
.Identificar as formas geométricas presentes no jogo Tangran.
.Ampliar a compreensão de relações e representações espaciais e a criatividade.
.Estimular a participação do aluno em atividades conjuntas.


Seqüência Didática


1ª Etapa:

Apresentar o jogo Tangram e contar a história de sua origem. Diz à lenda que o jogo surgiu quando um monge chinês deixou cair uma porcelana quadrada, que se partiu em sete pedaços, daí seu nome, que significa: “tábua das sete sabedorias” ou “tábua das sete sutilezas”.
Dividir a sala em grupos de 4 componentes, distribuir o quebra-cabeça feito com E.V.A. para que possam manuseá-las conhecendo assim suas 7 peças que são: 5 triângulos sendo 2 grandes, 1 médio e 2 pequenos; 1 quadrado e 1 paralelogramo.
Fazer o seu Tangram (anexado modelo).
Os alunos deverão observar e comparar e anotar:
- Sobrepor uma peça sobre as outras para comparação do tamanho.
- Averiguar quais peças é do mesmo tamanho ou quantas vezes uma peça “cabe” na outra.
- Colocar em ordem de tamanho.
- Verificar a quantidade de lados e pontas que tem cada peça.
- Identificar a figura geométrica que cada peça representa.


2ª Etapa:

Propor um desafio para os alunos em duplas.
Primeiro passo: Com 2 peças, construir um quadrado, depois mudando as peças construir um triângulo e finalmente, forme com as mesmas peças, um quadrilátero que não seja um quadrado.
Segundo passo: Forme um quadrado com apenas 3 peças do Tangram. Com as mesmas peças usadas na atividade anterior, construa um triângulo. Partindo do triângulo do exercício anterior, mova uma peça para formar um retângulo e mova uma peça novamente e forme um paralelogramo.
Terceiro passo: Com o triângulo médio e os dois triângulos pequenos, forme um quadrilátero que não seja nem o retângulo nem o paralelogramo.


3ª Etapa:

Construindo figuras com as peças do Tangram. Oferecer aos alunos exemplos de algumas figuras (Tangram forma mais de 1000 figuras) para que possam se divertir.
Regras:
As regras básicas são as seguintes:
• Tem de utilizar as 7 peças.
• As peças têm que estar deitadas.
• As peças têm que se tocar.
• Nenhuma peça pode sobrepor-se a outra.


4ª Etapa:

Utilizando todas as peças do Tangram, fazer o contorno no papel sulfite, pintar e recortar. Vamos montar um painel com todas as peças da sala.


Avaliação


A avaliação deverá realizar-se de maneira continua, mediante observação; considerando o processo e não apenas o produto.
Desta forma, espera-se que o aluno compare, ordene, classifique e identifique as figuras geométricas e construa outras formas.






Tangram

É muito simples fazer um tangram e basicamente você irá precisar de:
Uma régua , um lápis e
uma tesoura.

Um pedaço de papél cartão branco ou colorido medindo
10x10 cm.
E.V.A
Tintas, pincéis, canetas de colorir.
1- Risque e corte um quadrado
medindo 10x10 cm
2- Risque dividindo
ao meio.
Parte A-B
3- Divida a parte
B ao meio com outro risco .A
parte A também.
4- Agora divida a parte 3 ao meio com um outro risco.
altura
10 cm
largura = 10 cm
5- Divida a parte 5, conforme figura abaixo e em seguida faça a parte 6.
6- Está pronto o seu
tangram, se desejar pinte-o e veja o quanto ficará mais interessante
Use um papél cartão branco grosso ou colorido do tipo Panamá.
ou
E.V.A


Elaborado por: Katia Cilene

PROJETO DIDÁTICO CIRCO



Tempo de duração
5 aulas

Público Alvo
3º ano – 8 anos

Disciplinas trabalhadas
Artes e Língua Portuguesa

Tema: O circo chegou

Justificativa

O tema escolhido propicia um ambiente favorável para os alunos desenvolverem a criatividade na participação das atividades lúdicas e serem protagonistas do mundo circense.
Todos os sentidos e significados serão explorados através da leitura, da compreensão sobre o que é dígrafo, da música e do fazer artístico.

Objetivo Geral

- Conhecer o mundo do circo.
- Debater o uso de animais no circo.
- Desenvolver o fazer artístico.
- Compreender o que são dígrafos.

Objetivo Específico

- Apreciar o circo através dos vídeos Le cirque Pinder 2008 e Cirque Du Soleil Alegria, Powertrack.
- Fazer a leitura da história do circo, por meio do texto “O circo”.
- Tratar sobre a polêmica do uso de animais no circo.
- Utilizar formas de expressão artísticas como: dobradura, música, desenho, artes pláticas, etc.
- Compreender o dígrafo trabalhando com a letra da música “Piruetas”.
- Participar de atividades conjuntas.


Materiais Utilizados


- Papel dobradura várias cores, lã, cola colorida, botões, tampinhas, tinta guache, papel color-set várias cores, papel crepon várias cores, tesoura ponta redonda, cola, etc.
- Texto “O circo”, letra e música “Piruetas”.
- Vídeos Le cirque Pinder 2008 e Cirque Du Soleil Alegria, Powertrack.

Metodologia

1ª Etapa:

Levar os alunos para conhecer o mundo mágico do circo.
- Apresentar o vídeo Le cirque Pinder 2008 e o vídeo Cirque Du Soleil Alegria, Powertrack.
- Roda de conversa sobre o circo, verificando os conhecimentos prévios.
.Quem já foi ao circo?
.Quais os animais que havia no circo?
.Quais os artistas que trabalham no circo?
.Como é o palhaço? Como se veste? O que ele faz no circo?
- Elaboração de cartaz sobre o que eles mais gostaram do vídeo sobre o circo.


2ª Etapa:

- Leitura do texto “O circo”.
- Roda de conversa sobre “O uso de animais no circo”.
- O aluno deverá com auxilio do professor confeccionar dobraduras de animais.


O circo

Um circo é comumente uma companhia itinerante que reúne artistas de diferentes especialidades, como malabarismo, palhaço, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre outros.
A palavra também descreve o tipo de apresentação feita por esses artistas, normalmente uma série de atos coreografados às músicas. Um circo é organizado em uma arena - picadeiro circular, com assentos em seu entorno, enquanto circos itinerantes costumam se apresentar sob uma grande tenda ou lona. Porém, há diversos outros formatos para esta arte milenar, como poderemos ver mais adiante. Um exemplo é o Cirque du Soleil que é o maior circo do mundo.
 História
Na Roma Antiga o circo era uma construção para exibição de cavalos e corridas de bigas, shows equestres, batalhas encenadas, shows de animais adestrados, malabaristas e acrobatas. Acredita-se que o circo de Roma tenha sido influenciado pelos gregos e suas corridas de bigas e exibição de animais.
Com a queda de Roma, os grandes circos desapareceram da Europa, sobrando apenas treinadores de animais e outros artistas itinerantes.
Na Mongólia, as primeiras descrições de um circo data da Dinastia Han. Zhagh Heng foi um dos primeiros a registrar apresentações acrobáticas temáticas em palácios reais.
O conceito moderno de circo como uma arena circular com assentos, com exibição de acrobacias, animais e outros artistas remontam ao final do século XVI. Philip Asthlley foi um dos pioneiros da época, popularizando o circo na Inglaterra.
 Uso de animais em circos
Há uma grande controvérsia sobre o uso de animais em circos, há duas correntes de pensamento, com prós e contras o uso de animais em shows.
Segundo a corrente de pessoas que são contra o uso de animais em circo, seu uso tem sido gradativamente abandonado, uma vez que tais animais por vezes sofriam maus-tratos (tais como dentes precariamente serrados, jaulas minúsculas, estresse etc.) e, além disso, eram frequentemente abandonados, já que a manutenção de grandes animais, como tigres e elefantes demanda muito dinheiro.
Há ainda inúmeros casos em que acidentes, principalmente envolvendo animais selvagens, nos quais pessoas saem feridas ou até mesmo mortas.
Hoje é proibido o uso de animais.

3ª Etapa:

O palhaço é uma personagem que transmite muita alegria e expressão.
- Ouvir a música “Piruetas” – Chico Buarque.
Alunos:
•Alfabéticos e silábicos:
– circular os dígrafos utilizados na letra da música.
- Vamos confeccionar um palhaço:
•Formar grupo de 4 a 5 alunos.
•Escolher uma criança e traçar o seu corpo no papel pardo.
• Iniciar a montagem do palhaço com materiais diversos (lã, cola colorida, botões, tampinhas, papel crepom, tinta ...).
Lembrando que dígrafo:
O dígrafo é o grupo de duas letras que representa um único fonema. São dígrafos da língua portuguesa: lh, nh, ch, rr, ss, qu (seguidos de e ou i), gu (seguidos de e ou i), sc, sç, xc e xs.
Os encontros gu e qu se forem usados com trema ou acento, não serão dígrafos, uma vez que o u será pronunciado.
Além desses, existem também os dígrafos vocálicos formados pelas vogais nasais: am, an, em, en, im, in, om, on, um e un.

IMPORTANTE: Jamais confunda encontro consonantal com dígrafo, pois no primeiro há o encontro de duas consoantes com sons distintos (cartela=rt) e no segundo, como vimos, há a pronúncia de apenas um som (massa).

Alunos pré-silábicos: ”Trabalhando com a palavra palhaço”.
• Letra inicial e final.
• Quantidade de letras.
• Associar a primeira letra da palavra com o nome dos colegas da sala.
• Dividir as crianças em grupo para propor a tentativa da palavra palhaço
(ALFABETO MÓVEL).

4ª Etapa:

Alunos:
•Alfabéticos e silábicos:
-Formar frases dando qualidade ao palhaço, utilizando palavras que tenha dígrafos.

•Pré-silábicos:
- Procurar em revistas palavras que iniciam com a letra “P” e montar um painel;
Artes:
- Confeccionar chapéu, gola de palhaço (papel color-set várias cores, papel crepon várias cores, tesoura ponta redonda, cola, etc ) e convite para os pais verem a apresentação.

•Os convites vão ser escrito pela professora com auxilio dos alunos que escolheram entre os vários modelos, as palavras que eles mais gostaram. Os alunos vão decorar.

5ª Etapa:

Agora vamos brincar de circo?
- Preparar um cenário, utilizando papel pardo, giz de cera e os palhaços confeccionados na aula anterior.
- As frases elaboradas devem ser escritas, envolta do palhaço, com giz colorido.
- A professora deve pintar o rosto dos alunos, colocar o nariz de palhaço, a gola e o chapéu.
- Apresentação para os pais.
Os alunos deveram interpretar/imitar livremente as ações do palhaço, que será convidado pelo professor para apresentação na escola, com pulos, cambalhotas, piruetas, etc.

Avaliação

A avaliação deverá realizar-se de maneira continua, mediante observação; considerando o processo e não apenas o produto.
Desta forma, espera-se que o aluno participe das atividades, elabore frases utilizando os dígrafos e consiga se expressar imitando o palhaço no circo.



Referências:

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20091004044249AAJ1kNq
http://espacompartilhado.blogspot.com/2008/01/dobraduras.html
http://letras.terra.com.br/chico-buarque/86032/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circo
http://www.youtube.com/watch?v=wjGd6enW40U&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=eP6AJXprOXc


Elaborado por Katia Cilene

sábado, 14 de agosto de 2010

Classe hospitalar – Há espaço para o professor no hospital

Ao abrir a porta da enfermaria, já foi possível avistar Juliana, 9 anos, paciente da Ortopedia do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Internada para um sério tratamento no quadril e nas pernas, a garota pouco se importava com os tensores amarrados aos membros, que a impediam de fazer qualquer movimento fora da cama. Toda sua atenção estava voltada para a tela do notebook colocado em seu colo, no qual, pouco a pouco, ela construía o resultado da pesquisa que realizou sobre o funcionamento do aparelho respiratório.

Com o acompanhamento da professora Sandra Carvalho, a menina montava uma apresentação da pesquisa, que teve início a partir da sua própria curiosidade sobre o ato de respirar. “Eu achava que eram duas veias que saíam do nariz e iam direto para o coração, e quando o coração batia mandava o ar para fora de novo”, conta. A partir da primeira hipótese da respiração feita pela menina, os professores do hospital a estimularam a pesquisar sobre o assunto, até descobrir a teoria correta. “Partindo da vontade dela de saber como funciona a respiração, nós levamos outros conhecimentos e ela estudou ciências, leu bastante, escreveu, e agora ela vai fazer uma apresentação em Powerpoint para mostrar aos colegas o que ela aprendeu. Isso significa disseminar conhecimento”, declara a assistente de coordenação do setor de Educação e Cultura do hospital, Maria Gloss.

É nessa linha que funciona o trabalho realizado pela equipe de professores do Pequeno Príncipe. Formado por quatorze educadores – entre professores das redes municipal e estadual de ensino, além dos profissionais contratados pelo próprio hospital –, o setor de Educação e Pesquisa existe formalmente desde 2000, mas o atendimento escolar já é praticado na instituição desde 1989. Essa prática é apenas um exemplo do que hoje se conhece como pedagogia hospitalar.

A primeira classe hospitalar do país surgiu na cidade do Rio de Janeiro, no início da década de 50, no Hospital Municipal Jesus, e se tornou referência nacional no âmbito da educação especial transitória por manter suas atividades em funcionamento ininterruptamente até os dias de hoje. A importância das classes hospitalares já é reconhecida legalmente por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado, na resolução nº 41 de outubro de 1995, que em seu item 9 fala sobre o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. Em novembro de 2000, foi aprovada a lei 10.685, que determina que hospitais ofereçam às crianças e adolescentes um bom atendimento educacional, que permita o desenvolvimento intelectual e pedagógico, bem como o acompanhamento do currículo escolar. Porém, mesmo com a pr evisão legal, a prática não é corriqueira. Ainda não são todos os hospitais pediátricos brasileiros que dispõem de uma estrutura adequada. Em todo o Estado de São Paulo, por exemplo, há cerca de 35 classes hospitalares em funcionamento – um número considerado pequeno perto do número de internações infantis.

A pedagogia hospitalar é um assunto em voga. Desde o surgimento da lei de 2000, vários cursos de especialização na área foram surgindo no país, o que vem chamando a atenção de pedagogos e educadores que desejam exercer a profissão em outro espaço, fora da escola. Entre as matérias ministradas nos cursos de especialização, estão “Infecção Hospitalar”, “Brinquedotecas em Hospitais”, “Psicopedagogia Hospitalar” e “Políticas de Humanização dos Sistemas de Saúde”. Porém, a necessidade de um preparo especial para atuar em classes hospitalares levanta polêmica, principalmente entre os profissionais que já atuam no setor. “Particularmente, não acho que seja necessária a especialização em educação hospitalar. A nossa equipe é composta por quatorze professores, todos com anos de experiência em sala de aula, e não tem nada que nós façamos aqui que não tenhamos feito na escola. O que precisamos é de bons professores” , declara o coordenador do setor de Educação e Cultura do Pequeno Príncipe, Cláudio Teixeira, que é psicólogo e desde que saiu da faculdade trabalha com educação. No hospital, ele começou a trabalhar em 2000, quando a instituição passava por vários processos de humanização do atendimento. Em 2002, foi aberto o setor de Educação e Cultura, do qual ele assumiu a coordenação.

Cláudio explica que todas as atividades propostas às crianças internadas e o desempenho que elas alcançam estão em constante avaliação, dentro de um contexto pedagógico. A partir do quinto dia de internamento da criança, os professores já iniciam o trabalho com o novo aluno. Todo o acompanhamento pedagógico é feito pela equipe do hospital, mas a escola da criança é sempre notificada do trabalho que está sendo realizado durante o internamento. Essa conexão escola-hospital permite ao aluno o acompanhamento do conteúdo que está sendo passado à turma a qual pertence. “Nós sabemos que essas crianças estão aqui para um sério tratamento de saúde, e esse é o foco. A qualquer momento ela pode ser chamada a fazer um exame ou uma cirurgia. Por isso, não são elas que vêm até nós. Nós vamos até elas, levando atividades educacionais e culturais na enfermaria, no isolamento ou no corredor”, declara o coordenador. Duran te o período de internamento, o professor registra tudo o que foi trabalhado em uma ficha de tutoria. Após a alta, o educador escreve um parecer, que é enviado à escola junto com todas a atividades desenvolvidas pelo aluno no hospital. Esse documento auxiliará a instituição de ensino no processo de readaptação da criança ao dia-a-dia escolar.

Entre as várias opções de atividades oferecidas pelo hospital, uma que se destaca é a “Ciranda do Saber”, em que um paciente faz uma apresentação sobre determinado tema que pesquisou. A atividade acontece na sala própria do setor e reúne crianças, adolescentes, pais, acompanhantes e professores em uma grande roda de conhecimento. No dia da visita da reportagem ao hospital, estava acontecendo uma ciranda sobre o Egito, apresentada por uma paciente da ortopedia, estudante do 2º ano do ensino médio. O que mais impressionava nos pacientes que acompanhavam a apresentação da colega era a curiosidade que saltava em seus olhos, a sede de aprender, de descobrir, que vencia a fraqueza e as doenças. Por isso, o ambiente não assusta – encanta. Principalmente por uma característica importante de qualquer classe hospitalar, seja ela onde for: a diversidade, um desafio para muitos professores.

Foi essa característica que conquistou de vez a professora Maria Gloss. Há três anos trabalhando no hospital, depois de anos de trabalho em escolas municipais de Curitiba, Maria declara que foi ali que ela encontrou a escola que procurou a vida toda. “Aqui a gente tem a oportunidade de trabalhar com a vida. É a escola mais saudável que eu conheço. Isso parece muito dual, porque eu estou dentro de um hospital. Mas é um espaço de cura até para a escola, o que eu vivencio aqui é isso”, emociona-se.

Também foi nessa diversidade que a professora Eneida Simões da Fonseca se realizou profissionalmente. Para Eneida, que é PhD em Desenvolvimento e Educação de Crianças Hospitalizadas pelo Institute of Education – University of London e tem mais de vinte anos de experiência na área, o professor que deseja trabalhar no âmbito hospitalar precisa de sensibilidade para atender as necessidades e interesses que emanam na diversidade. “Há duas características essenciais a um professor no ambiente hospitalar. Uma é estar consciente de que há um espaço para ele no ambiente hospitalar. Para tal, não deve esquecer que isto implica uma outra característica, que é o compromisso com o direito da criança doente à escolaridade. Acho um equívoco o professor ter que dominar aspectos médicos. O que é necessário é o domínio da transdisciplinariedade, da diversidade dos alunos, para atender suas necessidades de aprendizado”, de clara.


Por Renata Sklaski, publicado na revista Profissão Mestre.

Fonte: JORNAL VIRTUAL PROFISSAO MESTRE